A maternidade me fez renascer não só como mãe mas como mulher, hoje me vejo muito mais carinhosa, sentimental, preocupada com os sentimentos. Não um dia que eu não declare e expresse meu amor pelo meu filho, sou carinhosa, babona, e ele também... ontem mesmo declarou o quão grande era sua saudade quando eu cheguei em casa depois de 4 horinhas de prova. Acho que é algo mútuo, uma troca deliciosa, meu filho pede colo, dá beijo e eu também! Mas também sei respeitar o momento dele, não sou aquela chatonilda que fica interrompendo a brincadeira dele para abraçar ou que fica agarrando ele na frente dos amiguinhos... respeito os momentos!
E sábado me deparei com algo que me derrubou, me fez refletir e tô tentando tirar algo de bom...
Há seis meses atrás levei o Dudu a dentista e adorei o jeito como ela o tratou, super paciente, elogiou a escovação, mas pediu que quando voltássemos o Dudu não fizesse mais uso da chupeta. Não vou mentir, eu tento, mas a relação é complicada. E também não cobro muito porque Dudu passa o dia todo na creche e lá não faz uso da chupeta, na rua não chupe a chupeta, sobrando para os momentos de vício a noite, dentro do carro e os momentos de cansaço. Então deixei a coisa acontecer ao natural, até porque no Natal, depois de meses de promessa que entragaria a chupeta ao bom velhinho quando este lhe desse a tão sonhada bicicleta me vi numa sinuca de bico quando ouvi do meu filho que preferia devolver a bicicleta a entregar a chupeta.
Mas voltando ao sábado, assim que entrei no consultório a dentista disse que eu deveria pensar no segundo filho, pois estava tratando o Dudu feito um bebê. Oi???? Disse que o psicólogico dos pais em não aceitar que o filho cresceu está atrapalhando que o Dudu largue a chupeta, que ele precisa de uma fono, pois já está com a fala atrasada, que ele tende a ser uma criança insegura, que eu devo abolir a mamadeira e por aí vai... foi uma balde de água fria, mas pelo menos no setor dela que é ser dentista eu estou escovando bem os dentes do meu filho e permitindo antes disso que ele escove sozinho para aprender. Não, ela não é psicóloga, concordo com ela em alguns aspectos, mas confesso que aquilo detonou meu final de semana.
Será que ser carinhosa, dedicada, amorosa é ser uma mãe que atrapalhe a vida do meu filho???
Ahhhh, e ela também me repreendeu pelo fato de eu falar de jeito muito nhenhenhém e eu concordo com ela e vou me policiar. Disse para eu tirar primeiro a mamadeira que é mais fácil e depois tirar a chupeta.
Bom, o que eu refleti e resolvi absorver e colocar em prática???
Sou carinhosa, apaixonada, dedicada por opção e porque gosto! Amo ser mãe do Dudu e ele é uma criança deliciosa. Não deixarei de ser carinhosa e cuidadosa, mas eu sei que a gente erra querendo acerta e já tinha comentado com meu marido que a nossa forma de proteger pode atrapalhar a evolução do Dudu e quanto a isso eu pretendo me policiar e sei que será tranquilo da minha parte. O Dudu ainda passa as noites na nossa cama e eu ontem comecei a deixá-lo na caminha dele e no início foi um sucesso, mas na hora de dormir meu marido o coloca na nossa cama porque gostamos do carinho e por comodidade mas eu não sou a favor, pretendo mudar isso e se que será melhor para a independência do Dudu e para a nossa relação como casal. Quando eu for ao shopping com o Dudu pretendo comprar um copo com canudo e tentar oferecer a mamadeira nele como sendo o copo do leitinho, mas isso será conversado com ele antes. Quanto a chupeta... essa eu não sei... a coisa vem diminuindo, mas ele chama por ela, procura! Não sei se uma coisa vai puxar a outra, mas depois de eu elogiá-lo muito quando acordamos por ele ter adormecido na caminha dele, logo depois da escovação dos dentes eu guardei a chupeta e ele não pediu... foi para a creche sem ela, numa boa, alegre e eu transbordando de orgulho! Não me dói perceber que meu filho deixou de ser o neném da mamãe e hoje é o menino da mamãe! Eu apenas sou humana e marinheira de primeira viagem a ponto de não saber o momento certo das coisas, com medo de forçar a barra por algo que meu filho possa ainda não estar maduro para enfrentar... eu penso que cada criança tem o seu tempo! E qaunto a isso, foi bom para perceber que podemos avançar em algumas coisinhas, mas continuarei respeitando minha intuição de mãe!
Beijos!!!